A adoção do horário de verão continua a provocar polêmica no país. Ontem, foi a vez de o debate, muito comum nas redes sociais, chegar à Câmara dos Deputados. A Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 557/2016, do deputado Waldir Soares Oliveira (PR-GO), que susta, em relação ao estado de Goiás, os efeitos do Decreto nº 6.558, de 8 de setembro de 2008, que institui a hora de verão em parte do território nacional. Como as cidades do Entorno do Distrito Federal ficam em Goiás, o deputado Carlos Andrade (PHS/RR), relator do projeto, incluiu Brasília na proposta aprovada na comissão.
“Nossa pretensão é fazer com que as pessoas saiam num horário devido, para que não aconteça o que tem acontecido. Houve aumento de violência nesses horários. É um clamor do pessoal que mora na periferia”, acrescentou. Oliveira disse que vai pedir prioridade para que o projeto seja apreciado na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania para ir a plenário o quanto antes. “Não sei se dá tempo de ter efeito este ano ainda, vou tentar”, completou.
A informação do Ministério de Minas e Energia é de que a decisão sobre horário de verão é do governo federal por meio de um decreto presidencial, portanto um PDL não teria força para sustar a sua adoção. Além disso, o secretário de Energia do MME, Paulo Pedrosa, já chegou a afirmar que adiantar ou não uma hora nos relógios entre outubro e fevereiro tem um efeito quase nulo para economia de energia. Por isso mesmo o governo chegou a cogitar não fazer a mudança este ano, mas deixou a decisão para 2018, após realizar uma consulta popular sobre o assunto.