O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira (16) que a exigência de que pacientes assinem um termo de consentimento antes de receber imunização contra a Covid-19 será aplicada apenas em relação a vacinas autorizadas de forma emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Após o registro final do produto, que leva mais tempo, o documento não será necessário.
A agência pode liberar de forma emergencial e temporária vacinas que ainda estão com estudos finais em andamento no Brasil, desde que a aplicação seja feita no SUS (Sistema Único de Saúde) e em grupos restritos, como idosos e profissionais de saúde.
“Não será exigido termo algum quando disponibilizarmos vacinas registradas, seguras e garantidas pela Anvisa. Se um laboratório brasileiro solicitar o uso emergencial de vacina, e a Anvisa assim o fizer, para aquele grupo específico, e na quantidade limitada, as pessoas que participarem deste evento assinarão termo de consentimento livre e esclarecido. Somente nestes casos”, disse Pazuello em entrevista após cerimônia de lançamento do plano nacional de imunização.
O governo de São Paulo informou no início da semana que não pedirá o uso emergencial da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, apenas o registro definitivo. A ideia é apresentar os dados finais de desenvolvimento do imunizante em 23 de dezembro.
Até agora, a Anvisa ainda não recebeu pedido para liberar o registro ou uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. O registro permite que o imunizante seja distribuído a todos os públicos, inclusive na rede privada, mas o tempo de análise da agência nestes casos é de até 60 dias.
Esse prazo pode cair, caso haja registro do imunizante por autoridade sanitária de determinados países, como Estados Unidos ou China, ou se a farmacêutica tiver entregado parte dos estudos, caminho chamado de “submissão contínua” pela agência. A autoridade sanitária brasileira ainda estima que precisará de até 10 dias para avaliar pedidos de uso emergencial.
Fonte: O Sul